POLITICAMENTE INCORRETO



Por baixo dos caracóis dos meus cabelos (antes da escova japonesa!) tem um cérebro – ou parte dele – que não consegue entender a expressão “politicamente correto”. A mim parece que, hoje em dia, TUDO é politicamente incorreto. Ou pelos menos, as coisas que tem algum sabor!

O politicamente correto jamais diz que ODEIA alguma coisa que, a princípio, todo mundo AMA.

Golfinho, por exemplo. Eu ODEIO golfinho, mas eu odeio MUITO. Eu não sei pra quê serve um golfinho. Alguém come carne de golfinho? Por quê o nome no diminutivo? Golfinho não passa de um mamífero risonho que mais parece uma hiena.

A propósito, o que é uma hiena? Pra que serve? Alguém come hiena? Eu sou contra as hienas. Aliás, pra que servem os animais? Pelo menos aqueles que não dá pra gente comer?

Pra que animais se a gente tem políticos? Aliás, pra que serve um político? Alguém come político? Cachorro eu entendo, é pra ficar lambendo o dono - geralmente uma pessoa mal resolvida e sexualmente frustrada. Gato, pra que serve? Um monte de pêlo que se coça e se lambe o dia inteiro... Mico leão dourado, tô nem aí que esteja em extinção. Alguém come mico leão dourado? (Isso sim seria pagar o maior mico!)

O politicamente correto jamais xinga uma mulher. Pode chamá-la de vaca (já que estamos falando do mundo animal) mas FEIA??? Qualquer mulher no mundo prefere ser vaca a ser feia.

Por falar em mulher, o politicamente correto jamais diz que mulher dirige mal. Mas uma coisa eu tenho que reconhecer: MULHER DIRIGE MAL. Isso não é preconceito, não é exceção, é REGRA! A mãe diz: “Ah, que bonitinha, tão bochechuda, é a minha cara!” OK, mas se nasceu mulher, daqui a 18 anos vai começar a dirigir MAL. E, daqui a 58 anos, vai ser uma mulher que dirige MAL A QUARENTA! Não é ponto para debate, é uma constatação. E tenho dito! 

O politicamente correto jamais citaria duas palavras juntas: loira burra. Agora, vejamos: Xuxas, Angélicas e Elianas são donas de verdadeiros impérios. Ivana ficou tudo – MENOS POBRE - quando se separou de Donald Trumph... Loiras fazem carreiras de modelo de milhões de dólares que se juntam a outros tantos milhões de um marido, namorado ou amante jogador de futebol geralmente burro e feio. O preconceito é com elas – que são umas sacanas – ou com eles – que são burros e feios - mas sexualmente muito bem servidos? Vou deixar essa questão em aberto.

O politicamente correto não fala PALAVRÃO. Nem precisa, para o bom entendedor meias-frases bastam. Não há a necessidade de preencher lacunas:
1)  vai tomar no seu piiiiiiiiiiiiiiiii (...)
2)  filho de uma piiiiiiiiiiiiiiii (...)
3)  lá na casa do piiiiiiiiiiiiiiiiiiii (...)

O politicamente correto chama um negro de afro-brasileiro. Que porre essa coisa de não poder chamar um negro de... negro. Vou chamá-lo de meu louro? Isso sim seria preconceito. Eu nunca tive preconceito contra negros. Pelo contrário: minha primeira relação sexual aconteceu com uma “pessoa” da cor negra. O sexo dessa pessoa não vem ao caso...

Aliás, para um politicamente correto, japonês não é amarelo; é indivíduo de origem asiática. O anão não é baixinho, é detentor da perda de altura. O cara que não escuta absolutamente nada não é surdo, é portador de deficiência auditiva.

Esse papo já está me estressando. Eu assumo que prefiro ser politicamente incorreto mesmo!


A propósito: na realidade nunca fiz escova japonesa, adoro golfinhos, tenho gatos e cachorros em casa e não acredito realmente que TODAS as mulheres dirijam mal (minha irmã é uma rara exceção à regra). Quanto ao sexo da primeira pessoa com quem transei...