No
melhor momento “sim, aconteceu aqui no bairro”, tentava eu adentrar o banco
I... da Giovani quando, de repente - e isso sempre me acontece - fico travado
na maldita porta automática.
Aparentemente
paciente, com delgada civilidade e tentando manter-me em meu salto 1 (claro, eu
usava um simples mocassim), volto pra f... faixa amarela uma, duas, três
vezes...
Minha
lourice a essa altura já empalideceu; não passo de um frango velho embalsamado,
uma pobre & abandonada ervilha Jurema numa lata amassada, uma marmota
enclausurada... O mundo não me ama (snif!)
Depois
de uns gritos – porque também não sou obrigado a manter a pose – aparece o
gerente e moedas & chaves & celulares & i-pods & o f... cartão
magnético do banco depois (sim, EU SOU UM CLIENTE 5 ESTRELAS), consigo
finalmente entrar.
Já
nem me lembro mais o que vim fazer!
O
palhacinho do circo chega ao picadeiro diante da enooooooorme platéia. Três ou
quatro passos após a rotatória em questão, no centro do banco, meus nervos
gritam e eu traduzo em verbo o que diz meu pobre coração – que, diga-se, parara
de bater a uns 15 minutos atrás:
-
Escute aqui, todo mundo, da próxima vez que eu tentar entrar na p... deste
banco e o c... desta porta me travar (tô
tão grosso hoje!) eu JURO que boto uma bomba nesta agência. É isso aí: eu
EXPLODO TUDO, tão me entendendo??? Já acabei com dois prédios muito maiores &
mais altos em Nova York, não me custa nada estourar essa agênciazinha de quinta.
Ladrão que é ladrão entra... Eu, com essa cara de inglês, fico travado?
Na-na-ni-na-não!!!
Fui
cercado por policiais que – bem treinados & bem pagos que são (sic) – me
olhavam com cara de “Quem é esse? O que
ele tá dizendo? Quem sou eu? O que eu faço aqui?”
Bem,
não preciso dizer que, hoje em dia, as portas se destravam com uma facilidade
enorme diante de mim... Escorrego pra dentro do banco tal qual uma margarina
light! Vencida!
Portanto,
moçada, a porta travou? Força no escândalo. Parece que esse país só vai pra
frente diante de um! E tenho dito!